sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ribeirinhos do Jacuípe querem área para relocação

O deputado Colbert Martins acredita na necessidade de se estabelecer uma negociação política

Ribeirinhos do Jacuípe querem área para relocação
Moradores, comerciantes e pescadores da região da ponte do rio Jacuípe e lago Pedra do Cavalo, que estão em área de prevenção permanente, estiveram reunidos na noite dessa quarta (13), com membros do Fórum Ecológico de Feira de Santana (EcoFeira), Instituto do Meio Ambiente (IMA), Embasa e secretaria de Desenvolvimento Social, para discutir a demolição de residências e barracas que estão em situação irregular. O encontro aconteceu na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Desde janeiro deste ano, algumas pessoas que moram às margens do Jacuípe e sobrevivem do comércio dependente do rio receberam auto de infração do IMA, com penalidade de demolição de residências e moradias, mas alegam não ter para onde ir, caso sejam obrigados a deixar o local. Para tentar uma negociação plausível com os órgãos competentes, os ribeirinhos pediram ajuda do EcoFeira para intermediar um diálogo. A idéia apresentada por eles é que o governo do Estado providencie uma área para que sejam relocados.

Relocação
O deputado federal, Colbert Martins (PMDB), que participou do início da reunião, disse que a princípio deve ser elaborado um projeto com identificação da área para relocação dos ribeirinhos do lago Pedra do Cavalo, para ser apresentado ao governo do Estado e prefeitura municipal, que, de acordo com ele, têm a mesma responsabilidade. “Parece que existe uma área no Centro Industrial Subaé; se for isso, o estado teria que ceder uma parte dela”, afirmou.
A medida, acredita o deputado, vai evitar que se repita o que aconteceu com as barracas de praia em Salvador. “É necessário se estabelecer uma negociação política, a exemplo do que houve em Lauro de Freitas, para que as pessoas que utilizam essas barracas e vivem do trabalho no rio possam ter uma alternativa de relocamento”, destacou.

“É um problema bastante preocupante, porque inicialmente tem um grupo de mais ou menos 70 famílias próximo a ponte, mas, pelo que disseram aqui, deve chegar a mil famílias morando e comercializando nas áreas de preservação e inundação”, destacou o sociólogo Ildes Ferreira, um dos membros do Eco Feira.
(As informações são de Orisa Gomes, Blog da Feira)

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