quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

PIB: governo e parlamentares têm estimativas diferentes para 2009


A crise financeira mundial se intensificou a partir de setembro e lançou incertezas sobre o impacto que causaria sobre a economia brasileira. Por isso, 2008 termina com diferentes previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2009. A mais otimista delas vem do próprio governo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, assegura que o PIB vai alcançar uma expansão de 4%.

Segundo ele, as medidas que vêm sendo tomadas pelo governo, como a redução de impostos para incentivar a produção e o consumo, serão capazes de garantir esse aumento. "O índice de 4% não é uma mera projeção econômica. É uma meta que o governo se propõe a perseguir, junto com a sociedade. O Brasil reúne condições que nos possibilitam ter uma desaceleração da economia menor do que a de outros países; nós podemos minimizar o impacto da crise internacional", argumentou.

Dificuldades
Entretanto, o relator de receitas do Orçamento de 2009, deputado Jorge Khoury (DEM-BA), menos otimista do que o ministro Mantega, reduziu a previsão de crescimento para 3,5% na proposta orçamentária. "Temos recebido informações não só da economia interna, mas do mundo como um todo, que nos levam a crer num período de maior dificuldade no próximo ano", disse.

Essa previsão de 3,5% de crescimento do PIB contida no Orçamento é mais otimista do que a do Banco Central, divulgada alguns dias após a aprovação da proposta orçamentária no Congresso. O BC espera que a economia brasileira cresça 3,2% em 2009.

Já os empresários projetam um crescimento ainda menor, de 2,4%. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro (PTB-PE), disse, porém, que a previsão aparentemente pessimista deve ser vista de forma relativa diante da realidade mundial: "O PIB dos Estados Unidos está em queda e toda a zona do Euro se debate com um quadro recessivo; enquanto isso, nós ainda falamos de crescimento no Brasil, ainda que modesto - isso significa que, em termos relativos, estamos melhores do que o resto do mundo."

Em novembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou um crescimento de 2,2% para a economia mundial como um todo. Para o Brasil, o FMI prevê expansão de 3% no PIB.
Fonte: Agência Câmara

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