No ano em que a Constituição Federal - marco da volta da democracia no país - completa duas décadas, a compra de votos ainda é ação freqüente. Aqui em Feira de Santana, o Ministério Público (MP) está investigando denúncias de compras de votos contra os vereadores reeleitos Alcione Cedraz (DEM) e Cíntia Machado (PSL), e abuso de poder econômico contra o também reeleito Getúlio Barbosa (PP).Segundo matéria no Portal FS Online, o vereador recém eleito Zé Curuca (PSDB) e o ex-secretário de Agricultura e candidato Mário Borges também são alvos de investigação junto à Justiça Eleitoral. O MP apura ainda o envolvimento de um cabo eleitoral, identificado como “Gerson Andrade”.
Infelizmente a culpa é de determinados eleitores e eleitos que querem, mesmo, é levar vantagem. E isso por não haver seriedade, nem de um, nem do outro lado. Esta prática foi visível, escancarada na última eleição local. E o pior de tudo é que os candidatos sérios, dispostos a trabalhar em favor da maioria, da comunidade, que não aceita o jogo da compra de votos, acabam perdendo.
A compra de votos é definida como crime pelo artigo 41-A da Lei 9.504/97 (Lei das Eleições) – a regra foi acrescentada à Lei das Eleições pela Lei 9.840/99 (Lei de Combate aos Crimes Eleitorais), primeira norma de iniciativa popular aprovada pelo Congresso Nacional.
Zezé Esteves
Jornalista
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