O ministro das Cidades, Márcio Fortes, repetiu na última sexta-feira, em Salvador, a declaração do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima de que não há "descompasso" entre as verbas federais disponibilizadas para a Bahia e para o Rio de Janeiro para obras preventivas de desastres. Nesta semana, um relatório do Tribunal de Contas na União (TCU) apontou incoerência na distribuição de verbas do Programa de Respostas aos Desastres e Reconstrução do Sistema Nacional de Defesa Civil entre os Estados em 2008 e 2009. Dos R$ 175,3 milhões empenhados para as obras preventivas de desastres em todo o País, R$ 114,2 milhões (65,1%) foram destinados apenas para o Estado da Bahia. O Rio de Janeiro está entres as unidades da federação que receberam 3% do total.
Segundo Fortes, o montante de verbas disponibilizado pelo Ministério das Cidades para obras de drenagem no Rio de Janeiro, em 2009, totalizou R$ 1,114 bilhão, contra R$ 156 milhões para os baianos.
Fortes disse ainda que os ministérios aguardam o envio de relatórios das prefeituras e do governo do Estado sobre a situação da população para liberação de recursos federais avaliados em R$ 200 milhões para o Rio de Janeiro, onde mais de 200 pessoas morreram nesta semana por causa das chuvas.
O ministro participou, em Salvador, do Encontro Nacional da Juventude Progressista, no qual foi feita a transmissão do cargo da Presidência Nacional da Juventude do Partido Progressista (PP) de Pedro Feiten para Mário Negromonte Júnior. No encontro, Fortes destacou o trabalho dos atuais governos da bancada de Lula e criticou a oposição: "Quando a gente fala de inundações, problemas de chuvas, muitas vezes, estamos falando de problemas criados lá atrás. Por isso a importância da juventude na política, por que agora estamos falando de futuro. De um futuro em que não se repetirão esses problemas", disse.
Fortes também comentou a disponibilização de recursos do governo federal para atendimento emergencial da população carioca. "Nesse momento, a situação está sendo trabalhada por vários ministérios em conjunto. A princípio avaliamos a liberação de um recurso de R$ 200 milhões, envio de ambulâncias, helicópteros, etc. Para liberação desse recurso estamos esperando o envio, o mais breve possível, de relatórios dos prefeitos e do governador", afirmou.
Fonte: Terra/Agência A Tarde
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