O futuro do programa espacial brasileiro é o tema que está mobilizando os parlamentares que integram o Conselho de Altos Estudos da Câmara dos Deputados. O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, explicou hoje aos deputados o Programa de Satélites Sino-Brasileiros de Observação da Terra.
O programa consiste em um acordo de cooperação que o Brasil mantém com a China desde 1988 para a construção, lançamento e uso de satélites. Já foram lançados dois equipamentos, mas o Inpe programa o lançamento de mais dois satélites para 2010 e 2013.
Desastres naturais
O assunto está na pauta da Câmara desde a tragédia das enchentes em Santa Catarina em novembro passado que motivou, inclusive, a criação de uma comissão externa. O diretor do Inpe sugeriu que seja feita uma outra reunião apenas para que ele possa apresentar os estudos e conclusões do órgão sobre as questões climáticas, especialmente o relatório que o órgão está preparando sobre as enchentes que atingiram Santa Catarina.
Em relação ao desastre de Santa Catarina, Gilberto Câmara destacou que o Inpe fez a previsão correta, na quinta-feira anterior ao final de semana das chuvas, de que haveria uma quantidade exagerada de água. "Mas não conseguimos prever a quantidade correta: previmos que poderia chover 150 milímetros nos três dias, mas choveu 450", informou.
Supercomputador
Câmara pediu ajuda dos deputados para recuperar R$ 45 milhões do orçamento de 2009 do instituto, cortados pelo governo, para destiná-los aos contratos para construção dos satélites CBERS 3 e 4. Ele também agradeceu o apoio dos parlamentares para o repasse de R$ 120 milhões para compra de um novo supercomputador, que aumentará a capacidade de previsão climática do Inpe em 50 vezes.
Segundo ele, com o novo supercomputador teria sido possível prever corretamente o volume de chuvas que atingiria Santa Catarina em novembro de 2008. Com isso, a Defesa Civil poderia ter tomado providências para evitar as mortes e os prejuízos que atingiram o estado.
Desmatamento na Amazônia
Além das questões climáticas, o monitoramento feito pelo Inpe é usado atualmente no controle do desmatamento na Amazônia e também para estudos sobre a produção agrícola. O deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP) destacou que, por ser um país continental, o monitoramento no Brasil por satélite é a única forma viável de controle do território e de aspectos ambientais como o desmatamento.
Gilberto Câmara destacou ainda que, sem os satélites, o Brasil poderia ter um custo incalculável nas negociações exteriores sobre as mudanças climáticas. Ele explicou que os equipamentos fornecem uma imagem da Amazônia com 95% de confiança, com uma resolução de 2,5 metros do solo e que as imagens comprovam a redução no desmatamento da região nos últimos anos.
Efeito estufa
O diretor do Inpe lembrou ainda que muitos países desenvolvidos, especialmente os Estados Unidos, acusam o desmatamento das florestas de ser responsável por 30% das emissões de gases que causam o efeito estufa. "Isso não é possível, pois o Brasil responde por 50% do desmatamento mundial e, mesmo assim, por apenas 4% das emissões de gases", argumentou.
Segundo levantamento do Inpe, já foram desmatados 650 mil quilômetros quadrados da Floresta Amazônica, o que corresponde a 15% do total da área. O monitoramento da região por satélites começou em 1988. Atualmente, a coleta de dados é feita a cada 15 dias.
O programa consiste em um acordo de cooperação que o Brasil mantém com a China desde 1988 para a construção, lançamento e uso de satélites. Já foram lançados dois equipamentos, mas o Inpe programa o lançamento de mais dois satélites para 2010 e 2013.
Desastres naturais
O assunto está na pauta da Câmara desde a tragédia das enchentes em Santa Catarina em novembro passado que motivou, inclusive, a criação de uma comissão externa. O diretor do Inpe sugeriu que seja feita uma outra reunião apenas para que ele possa apresentar os estudos e conclusões do órgão sobre as questões climáticas, especialmente o relatório que o órgão está preparando sobre as enchentes que atingiram Santa Catarina.
Em relação ao desastre de Santa Catarina, Gilberto Câmara destacou que o Inpe fez a previsão correta, na quinta-feira anterior ao final de semana das chuvas, de que haveria uma quantidade exagerada de água. "Mas não conseguimos prever a quantidade correta: previmos que poderia chover 150 milímetros nos três dias, mas choveu 450", informou.
Supercomputador
Câmara pediu ajuda dos deputados para recuperar R$ 45 milhões do orçamento de 2009 do instituto, cortados pelo governo, para destiná-los aos contratos para construção dos satélites CBERS 3 e 4. Ele também agradeceu o apoio dos parlamentares para o repasse de R$ 120 milhões para compra de um novo supercomputador, que aumentará a capacidade de previsão climática do Inpe em 50 vezes.
Segundo ele, com o novo supercomputador teria sido possível prever corretamente o volume de chuvas que atingiria Santa Catarina em novembro de 2008. Com isso, a Defesa Civil poderia ter tomado providências para evitar as mortes e os prejuízos que atingiram o estado.
Desmatamento na Amazônia
Além das questões climáticas, o monitoramento feito pelo Inpe é usado atualmente no controle do desmatamento na Amazônia e também para estudos sobre a produção agrícola. O deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP) destacou que, por ser um país continental, o monitoramento no Brasil por satélite é a única forma viável de controle do território e de aspectos ambientais como o desmatamento.
Gilberto Câmara destacou ainda que, sem os satélites, o Brasil poderia ter um custo incalculável nas negociações exteriores sobre as mudanças climáticas. Ele explicou que os equipamentos fornecem uma imagem da Amazônia com 95% de confiança, com uma resolução de 2,5 metros do solo e que as imagens comprovam a redução no desmatamento da região nos últimos anos.
Efeito estufa
O diretor do Inpe lembrou ainda que muitos países desenvolvidos, especialmente os Estados Unidos, acusam o desmatamento das florestas de ser responsável por 30% das emissões de gases que causam o efeito estufa. "Isso não é possível, pois o Brasil responde por 50% do desmatamento mundial e, mesmo assim, por apenas 4% das emissões de gases", argumentou.
Segundo levantamento do Inpe, já foram desmatados 650 mil quilômetros quadrados da Floresta Amazônica, o que corresponde a 15% do total da área. O monitoramento da região por satélites começou em 1988. Atualmente, a coleta de dados é feita a cada 15 dias.
Fonte:Agência Câmara
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