quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Colbert: "Devemos pensar os problemas ambientais em conjunto com as nações"

O deputado federal Colbert Martins (PMDB-BA) ressaltou no 10º Encontro Internacional de Energia promovido pela Fiesp/Ciesp, nessa segunda e terça (05 e 06/10), em São Paulo, que o País está atrasado em relação ao encaminhamento das propostas para a Conferência do Clima (a COP-15), em vista dos 63 dias restantes para o encontro em Copenhague.

“O primeiro relatório da Comissão Mista e Permanente de Mudanças Climáticas do Congresso tem de sair até o fim da próxima semana e o segundo, até meados de novembro”, disse.

A Comissão, composta por 12 deputados - inclusive Colbert Martins - e 12 senadores, funciona desde abril deste ano e, de acordo com o deputados, conta com 18 Projetos de Lei. Seu principal objetivo: estabelecer um Plano de Ação Nacional para as questões do clima e desenvolver o Fundo de Crédito de Carbono, que aumentaria as vantagens econômicas brasileiras.

“Devemos, sim, pensar os problemas ambientais em conjunto com as nações. Mas não podemos permitir que os países industrializados deixem os emergentes como os únicos responsáveis pelo salvamento do planeta”, salientou Colbert. Para isso, completou, o legislativo precisa levar o quanto antes os dados que levantou à aprovação diplomática, para que tenham poder de negociação em Copenhague.

No entanto, ele lembrou que os problemas ambientais estão inseridos num contexto mais amplo e, se pensados isoladamente, não serão suficientes para solucionar os impasses do Brasil, principalmente os sociais.

“Se o País não tiver condições de subsidiar os trabalhadores da Amazônia, por exemplo, não há como pararmos com os desmatamentos que tanto agridem o meio ambiente. Até revertermos este quadro, para estas pessoas uma árvore no chão sempre valerá mais”, ressaltou o parlamentar.
Fonte:Site Fiesp

Um comentário:

PAULO CESAR BASTOS disse...

“Devemos, sim, pensar os problemas ambientais em conjunto com as nações. Mas não podemos permitir que os países industrializados deixem os emergentes como os únicos responsáveis pelo salvamento do planeta." Colbert Martins

A afirmação ,acima, do nosso Deputado Colbert Martins é louvável, reponsável e adequada a um processo de preservar e produzir, processo esse que deve ser a tõnica do desenvolvimento sustentável do nosso País.Parabéns.

Não podemos desenvolver o Brasil com atitudes e afirmações arrogantes do "não pode", precisamos, sim, de soluções práticas, lógicas e sustentáveis de "como pode".Precisamos de soluções , não de imposições.

Para estimularmos uma política em direção ao desmatamento mínimo, tendendo ao zero, seria fundamental implantarmos e/ou fortalecermos , com ações e atitudes coerentes, um efetivo e permanente Programa Nacional de Recuperação das Pastagens Degradadas .Ao recuperarmos os pastos deteriorados elevaríamos a capacidade de suporte - animal por hectare - e consequentemente a produtividade , permitindo produzir mais carne nas mesmas áreas pastoris sem novos desmatamentos.O óbvio, às vezes, é difícil de ser compreendido.

Outro aspecto, sobre energias limpas, o Nordeste Brasileiro com sua região semiárida possui no intenso Sol, não o vilão, mas, sim, o nosso irmão.É notória a imensa potencialidade para gerarmos energia solar e, também, energia eólica.

Para isso precisamos de uma extensão rural e tecnológica atuante e interagindo com os orgãos de pesquisa no sentido de tirar das prateleiras, das estantes e das memórias dos computadores o conhecimento científico e leva-lo para o cotidiano, para a produção, beneficiando toda a sociedade.

Precisamos compreender que o desenvolvimento sustentável precisa ser apoiado em seus três pilares: da viabilidade econômica,do ambientalmente correto e do socialmente justo.Assim é que o Brasil poderá avançar.Não devemos devastar mas, não podemos, também, parar.Produzir e preservar.

Paulo Cesar Bastos é engenheiro civil e produtor rural